O esquema que desviou bilhões de reais de contas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foi apenas mais um entre tantos de que se tem notícias na história do Brasil, recente ou não. O governo do presidente Lula prometeu ressarcir as vítimas, mas, até hoje, ficou só na promessa. Em vez disso, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisões que responsabilizam o Estado pela roubalheira. Até agora ninguém foi preso.
Pelo andar da carruagem, tudo vai acabar em pizza gigante. Onde estão os mensaleiros, os petroleiros e os cuequeiros? Livres, leves e soltos, desfilando pelas ruas do Brasil e do resto do mundo, hospedando-se em hotéis de luxo e comendo em restaurantes caríssimos. Tudo, evidentemente, pago com dinheiro roubado dos pagadores de impostos.
Que descalabro! Que vergonha! Que orgia com o dinheiro de pessoas idosas. Nunca se viu tanta roubalheira em tão pouco tempo! Quadrilhas refinadas que assaltam em plena luz do dia. Chega a ser até difícil encontrar adjetivos ou substantivos para qualificar esses desqualificados, que agiam nos porões de uma instituição com a conivência daqueles que tinham a obrigação de defender os interesses de segurados e pensionistas, mas foram omissos com os ladrões.
Alguns tiveram seus nomes preservados, só porque têm as costas quentes, enquanto o governo, com seu palanfrório frouxo, sem qualquer efeito, fica só ameaçando, em vez de mandar os ladravazes para cadeia, que continuam impunes, sem qualquer aranhão na vida social, prontos para novas investidas.
Esse é um governo de histriões, que vive choramingando, incapaz de cumprir seus compromissos, inclusive com aposentados e pensionistas, e sempre querendo, no seu delírio manso, investir contra o bolso do povo, com uma taxação diferente, sem oferecer nada em troca. Enquanto isso, as aves de rapina não se espantam com o alarido à sua volta, permanecendo nos seus lugares para novos ataques, pois são useiros e vezeiros na arte da malandragem, abroquelados na impunidade reinante.
Valdemir Caldas